Uma das vezes em que Bahá'u'lláh foi falsamente acusado e preso, foi levado de Shimiran para Teerão a pé e exposto ao calor dos raios de sol de verão. O povo, em multidões, a quem disseram que Bahá’u’lláh era inimigo do rei, gritava e insultava-O ao longo do caminho.
A história de uma mulher idosa, que desejava atirar-Lhe uma pedra enquanto Ele Se aproximava da masmorra que seria o local da Sua prisão, retrata bem a loucura do povo naquele dia e demonstra o amor que existia no Seu coração, enquanto enfrentava a mais terrível das calamidades.

Quando Se aproximava da masmorra viu-se, abrindo caminho entre a multidão, uma mulher velha e fraca, com uma pedra na mão; estava ansiosa por atirá-la contra o rosto de Bahá'u'lláh. Tinha um olhar determinado e um fanatismo de que poucas mulheres da sua idade seriam capazes. Todo o seu corpo tremia de raiva, enquanto avançava, levantando a mão para lançar a pedra contra Bahá'u'lláh. “Eu vos adjuro”, apelava, enquanto corria para alcançar aqueles em cujas mãos Bahá'u'lláh fora entregue, “dêem-me oportunidade para atirar a minha pedra contra o Seu rosto!”
“Não deixem essa mulher ficar desapontada”, foram as palavras de Bahá'u'lláh aos Seus guardas,
quando a viu correr na Sua direcção. “Não lhe neguem o que considera um acto meritório aos olhos de Deus.”
Fonte: Livro 4, Instituto Ruhi